O desafio do cientista empreendedor foi pauta na reunião da Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará da quinta-feira, 25 de março. O coordenador do Grupo de Engenharia de Proteínas e Soluções para Saúde na Fiocruz (GEPeSS), Marcos Roberto Lorenzoni, apresentou o tema. 

Lorenzoni tratou da sua trajetória como cientista e posteriormente como empreendedor na área de Desenvolvimento Biotecnológico. Em 2007 criou a Verdatis, uma spin-off universitária desenvolvedora de tecnologias que envolvem o uso de enzimas em processos industriais. “Atualmente a empresa está focada no desenho racional de enzimas para atuarem em processos de biorefinarias dos setores sucro-alcooleiro e de papel e celulose”, disse.

Marcos ressaltou que, sem dúvidas, o maior desafio que um cientista empreendedor enfrenta no Brasil é a falta de financiamento das pesquisas. Nesse contexto, citou a importância do Programa Inova Labs Fiocruz para a comercialização dos projetos de inovação tecnológica em saúde. 

O Inova Labs Fiocruz é uma ferramenta de pré-aceleração que objetiva incentivar seus colaboradores a transformarem suas pesquisas em produtos e serviços que alcancem a sociedade. Em especial, soluções que resolvam lacunas relevantes do sistema público de saúde nas áreas de oncologia, emergências sanitárias e doenças negligenciadas.

O coordenador da Câmara e pesquisador da Fiocruz, Odorico Monteiro, destacou ser fundamental relacionar ciência e empreendedorismo. “Precisamos desmistificar a ideia de que ciência e empreendedorismo são antagonistas. Os dois caminham de mãos dadas e nós, cientistas-empreendedores, acompanhamos de perto essa relação”, afirmou.

No planejamento, ficou acordado que as reuniões da Câmara de Educação acontecerão quinzenalmente, intercalando com as da Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo, coordenada pelo pesquisador da Fiocruz, Odorico Monteiro.

Por: Liz Siqueira

Fonte: Arquivo Pessoal