Equidades e iniquidades são tema de palestra na Residência da Escola de Saúde Pública do Ceará

Fonte: Arquivo Pessoal

5 de março de 2021

A oitava turma do Programa de Pós-Graduação de Residência Uni/Multiprofissional em Saúde (RESMULTI) da Escola de Saúde Pública do Ceará (ESP-CE) assistiu nesta quarta-feira, 03 de março, a palestra do professor de Medicina da Universidade Federal do Ceará (UFC) e pesquisador da Fiocruz, Odorico Monteiro, sobre a equidade no Sistema Único de Saúde (SUS) e iniquidades na Saúde. A apresentação fez parte da programação do período introdutório e de boas-vindas dos residentes.

Monteiro tratou da origem da Medicina Social, área que busca entender como as condições sociais e econômicas afetam a saúde, as doenças e a prática médica. “Os conceitos de Saúde Pública e Medicina Social nasceram para unificar outras especializações invisibilizadas”, comentou.

O professor falou do surgimento do primeiro sistema universal de saúde do mundo, criado pela antiga União Soviética.  “A saúde como um direito sempre foi uma bandeira da luta do movimento de trabalhadores. Pode-se dizer que a Revolução Russa marcou um antes e um depois na história da organização de sanitária”, explicou. Esse sistema foi o responsável pela universalização do direito à saúde no mundo e fez com que os conceitos de equidade e iniquidade fossem questionados nessa área.

Sobre o Brasil, o pesquisador relatou a escassez de investimentos em ciência e tecnologia e como isso afeta o SUS. Também comentou a dificuldade de manter um sistema de saúde da magnitude do SUS, visto que a equidade e a iniquidade caminham lado a lado dependendo do ponto de vista. “Ainda é um desafio falar sobre equidade e iniquidade, por isso, vocês residentes, sempre tenham como guia essa balança moderadora nos projetos futuros”, aconselhou Odorico.

Questionado sobre a situação do SUS em tempos de pandemia, Monteiro ressalta a necessidade de mobilização social a favor de medida não-farmacológicas. “Esse vírus não é democrático, a mortalidade por Covid no país é extremamente desigual. O retrato da pandemia é o retrato das iniquidades do Sistema de Saúde, por isso não desistam do isolamento social e do uso de máscara”, enfatizou

Por fim, citou a maneira como países da Ásia, em especial a China, enfrentaram a Covid-19. “A assimilação ágil da ciência e tecnologia, o não negacionismo do vírus e um governo rígido fora as vantagens do Oriente. A Medicina Ayurveda é a mais poderosa do mundo e a resposta disso foi o curto período de pandemia mesmo o país contendo um bilhão de pessoas”, finalizou.

Acesse a palestra completa no Youtube

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