Pesquisadores LARIISA apresentam os projetos Gissa Intelligent Bot e Covive Social

27 de janeiro de 2021

Fonte: Arquivo Pessoal

Pesquisadores do LARIISA Saúde Digital realizaram na sexta-feira, 22 de janeiro, reunião para apresentação dos projetos Gissa Intelligent Bot e Covive Social. Trata-se do desenvolvimento de soluções de inteligência artificial, inicialmente voltadas à comunicação no contexto da pandemia de Covid-19, mas que podem ser adaptadas a variados cenários.

Os projetos envolvem uma equipe interdisciplinar, reunindo pesquisadores de diversas áreas: Saúde Pública, Enfermagem, Mídias Digitais, Comunicação, Design e Informática Aplicada. Segundo a pesquisadora da Fiocruz Ceará, Ivana Barreto, coordenadora do Gissa Chat Bot, os trabalhos atenderão às demandas de duas importantes redes de serviços de saúde: Atenção Primária em Saúde e Atenção Hospitalar.

O coordenador do Covive Social, pesquisador da Fiocruz Ceará, Odorico Monteiro, ressaltou que o intercâmbio de experiências entre as duas equipes é fundamental. “O Gissa Intelligent Bot já nasce com a curva de aprendizado da plataforma Gissa e pode contribuir com a equipe do Covive Social que, por sua vez, tem um grande conhecimento em mídias digitais”, afirma Odorico, acrescentado que uma robusta revisão de literatura será desenvolvida em conjunto pelos dois grupos de pesquisa.

A professora Ivana explicou que o Gissa Intelligent Bot é uma plataforma inteligente para a comunicação com os usuários da Atenção Primária à Saúde. O propósito é que o chatbot possa ajudar as equipes de Saúde da Família a interagirem com os pacientes diabéticos e hipertensos, por meio de informações sobre autocuidado e a rede APS. “No contexto da pandemia, as soluções de saúde digital, como a Telemedicina, o contato telefônico e whatsapp mostraram-se eficientes para a comunicação entre as equipes de saúde e os pacientes. Por outro lado, o atendimento presencial a pacientes crônicos ficou prejudicado”, afirmou.

Entre as fases do projeto estão a realização de pesquisas etnográficas e revisão de literatura acerca das soluções tecnológicas voltadas a pacientes crônicos, desenvolvidas ao redor do mundo. Em seguida será desenvolvido um protótipo computacional cuja funcionabilidade e usabilidade serão testadas em prova de conceito a ser desenvolvida no município de Horizonte, para após os ajustes necessários ser disponibilizado para a sociedade.

Já o Covive Social é uma plataforma de colaboração, informação e comunicação entre o serviço social hospitalar e as famílias no enfrentamento à Covid-19. O projeto será desenvolvido no âmbito do Hospital Geral de Fortaleza. “A ideia nasceu diante do aumento da quantidade e complexidade de casos, demandando do Serviço Social do HGF ser essa ponte de comunicação entre as equipes de saúde e os familiares dos pacientes internados com Covid-19”, explicou o professor Odorico Monteiro, lembrando que durante a pandemia as famílias ficam impossibilitadas de acompanhar seus parentes presencialmente.

Segundo a pesquisadora Inga Saboia, o protótipo do Covive Social terá foco no design de experiência do usuário e partirá de um processo de experimentação e escuta, sendo aperfeiçoado a partir de uma observação do cenário, com uma visão sistêmica. ‘Os bons designs não terão soluções logo a princípio, mas precisam ter boas perguntas, escutar as respostas e observar o contexto” afirmou.

Completa a pesquisadora que o aprendizado a partir da literatura, somado aos testes de hipóteses, considerando as mudanças de cenário; o envolvimento do público-alvo na criação de soluções e a produção de conhecimento científico fazem parte das etapas do Covive Social. 

Para a assistente social Ondina Canuto, é interessante a possibilidade de estar sempre mediando a teoria e a prática. “Compreender como as coisas ocorrem no cotidiano. Lançar a ideia no contexto, testar as hipóteses e continuar o percurso a partir daí”, completou.

A perspectiva é de que no primeiro semestre deste ano o primeiro software do Covive esteja desenvolvido para iniciar os testes. A previsão é de que o produto será disponibilizado com ajustes e aprendizados a partir de abril de 2022.

São instituições participantes dos projetos: Fundação Oswaldo Cruz, Universidade Federal do Ceará, Instituto Federal do Ceará, Universidade de Nova Lisboa, Universidade de Aveiro, Avicena, Núcleo MD, Hospital Geral de Fortaleza e Prefeitura de Horizonte.

São pesquisadores do Gissa Intelligent Bot, coordenado pela professora Ivana Barreto: a pesquisadora da Fiocruz Ceará, Vanira Pessoa; o médico Roberto Maranhão; a professora do IFCE Tianguá, Raquel Silveira; o professor da UFC Quixadá, Paulo Aguiar; a professora da UFC Fortaleza, Kelen Ribeiro; a professora da UFC Sobral, Roberta Lira; a doutoranda da UFC, Amanda Frota e a coordenadora da APS de Horizonte, Inês Amaral.

São pesquisadores do Covive Social, coordenado pelo professor Odorico Monteiro: a professora da Universidade de Nova Lisboa, Cláudia Pernencar; a professora da UFC, Inga Saboia; a professora e assistente social do HGF, Ondina Canuto; a professora e assistente social do HGF, Letícia Peixoto; o professor do IFCE Fortaleza, César Filho; o professor da UFC Sobral, Iális Júnior; o professor da UFC Sobral Geison Lira; o professor da UFC Sobral, Fernando Mayorga e o professor do IFCE Aracati, Mauro Oliveira.

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