Na sexta-feira, 30 de outubro, o professor do Departamento de Epidemiologia da Universidade de São Paulo (USP), Alexandre Chiavegatto, palestrou sobre Machine Learning (aprendizagem de máquina por meio da coleta de dados), Inteligência Artificial (IA)na Saúde e as Novas Tecnologias que impactam nos avanços da Medicina contemporânea. O encontro integrou a programação no I Workshop de Saúde Digital do Norte e Nordeste, promovido pela Liga Interdisciplinar de Saúde Digital (LISD).
O presidente da LISD, Gabriel Santos, abriu o evento e apresentou o convidado. Chiavegatto iniciou a palestra parabenizando os integrantes da LISD pelo workshop e falou sobre como se aplica a Machine Learning na prática. Definiu Inteligência Artificial como a possibilidade de máquinas tomarem decisões inteligentes ensinadas por humanos e Machine Learning como a tomada de decisões inteligentes por meio da identificação de padrões complexos nos dados. “Esses padrões educam as máquinas até que essas decisões se tornem parte do funcionamento do sistema”, completou.
Chiavegatto explicou sobre o uso dos algoritmos nas máquinas em situações de cuidados paliativos e como essa tecnologia pode prever doenças futuras. Tratou também sobre o monitoramento da expectativa de vida dos municípios por meio da calibração dos dados analisados pelos algoritmos. “Cada vez menos nós queremos manter tratamentos agressivos nos pacientes em estado terminal, por isso a Machine Learning entra em ação. Nós queremos dar qualidade de vida aos pacientes que não têm mais expectativas”, ressaltou.
Covid-19
O professor Chiavegatto apresentou a rede de Inteligência Artificial para Covid-19 no Brasil (IACOV-BR). A rede reúne hospitais nas cinco regiões brasileiras para testar a capacidade de validação de algoritmos de IA para Covid-19 e está em fase de coleta de diagnósticos positivos e prognósticos negativos.
Segundo Chiavegatto, o primeiro passo do Machine Learning para o controle pandêmico foi o mapeamento, via redes sociais, de queixas anômalas nos municípios e o acompanhamento dos serviços de saúde. “Quando o sistema de dados apresenta falhas significa que há um conjunto de pacientes e sintomas que ele não reconhece e nós conseguimos prever o surgimento de uma nova doença infecciosa”, relatou.
No momento de debate, Gabriel Santos mediou as perguntas e encerrou o evento parabenizando e agradecendo Chiavegatto pela palestra. O professor agradeceu o convite e acrescentou: “É um prazer participar desse evento e é muito bom ver o interesse pela Saúde Digital, porque ela está presente mudando a saúde com um todo”, finalizou.
Mais sobre o Workshop
O I Workshop de Saúde Digital do Norte e Nordeste acontece até o dia 03 de novembro às 19 horas, no canal do Youtube da LISD.
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