Pesquisadores LARIISA apresentam CoVive Social à gestão do HGF
10 de março de 2022
Pesquisadores do LARIISA Saúde Digital apresentaram na terça-feira, 08 de março de 2022, no Hospital Geral de Fortaleza a solução tecnológica CoVive Social, que é uma plataforma de colaboração, informação e comunicação entre o serviço social hospitalar e as famílias no enfrentamento à Covid-19.
O projeto, que está sendo desenvolvido no âmbito do HGF, nasceu no contexto da pandemia como uma ferramenta digital de comunicação, visando a aproximar equipe multiprofissional, familiares e pacientes possibilitando o acesso à informação.
O CoVive prioriza em seu desenvolvimento o design de experiência do usuário, a partir de um processo de experimentação e escuta para a otimização do aproveitamento da ferramenta no maior hospital de referência do Ceará.
O diretor do HGF, Daniel Holanda, declarou apoio ao projeto e lembrou dos desafios vividos durante as ondas do pico pandêmico na unidade, no que se refere à necessidade de comunicação por meios remotos entre as equipes de saúde e as famílias dos pacientes, tendo em vista o crescimento desta demanda que saltou de cerca de 100 para 400 contatos diariamente. “De pronto nós apoiamos o desenvolvimento desse projeto. Se tem alguma inovação, tecnologia de ponta, projeto pioneiro a ser desenvolvido é aqui no HGF, onde você tem uma gama de linhas de cuidado e um centro de estudos estruturado e que permite que a gente desenvolva trabalhos com qualidade técnica. Todos têm a ganhar. Quando a família passa a fazer parte do cuidado, as coisas caminham muito mais rápido e com muito mais segurança para o paciente”, pontuou.
A pesquisadora do grupo LARIISA Fiocruz, Ivana Barreto, destacou que a solução digital, ao fazer o diagnóstico, está sistematizando os vários problemas identificados no processo de comunicação entre a unidade hospitalar e pacientes/familiares. “Na verdade, a gente está explorando o potencial de oportunidades que a tecnologia digital pode entregar para a relação entre pacientes e familiares com a equipe hospitalar, em especial com o Serviço Social. Enquanto Fiocruz nos colocamos como parceiros nesse projeto, em seu acolhimento e sustentabilidade”.
A assistente social Ana Rosa Alves da Silva informou que o Serviço Social ficou responsável por articular com a equipe multiprofissional, facilitando a realização da pesquisa inicial para o desenvolvimento dessa tecnologia. “O CoVive vai resolver muitos problemas da nossa rotina de trabalho. Então a gente vai precisar do apoio de todos os profissionais. Quem terá grandes benefícios são os usuários, que vão ter mais resolutividade com o acesso à informação e resolver muitos problemas à distância”, frisou.
A pesquisadora LARIISA e assistente social do HGF, Ondina Canuto, uma das idealizadoras do projeto, afirma que a proposta do CoVive é acompanhar toda a jornada do paciente dentro da unidade de saúde, buscando mediar dores e aproximando familiares, pacientes e a equipe multiprofissional. “Essa tecnologia permite uma via de mão dupla com a interação entre hospital e a rede social do paciente. Para além da pandemia, o CoVive Social é estratégico para o acesso a direitos sociais em saúde”, diz ela, que participou de etapas importantes do desenvolvimento, como a pesquisa etnográfica, apresentação da equipe multiprofissional e fluxos hospitalares, planejamento e validação. Ondina ressalta o papel importante do Conselho Regional de Serviço Social (CRESS), que também subscreve o projeto.
A assistente social Helaine Aparecida Maia explica que a aplicação vem com a proposta de gerar relatórios para a gestão, integrando as chamadas online e relatórios digitais. A profissional ressalta que as videochamadas não são apenas para situações de isolamento, mas proporcionam o acesso a pessoas que estão distantes, no interior do estado, por exemplo. “A gente se comunica com a família e sem dúvida esse é um meio que facilita e agiliza essa comunicação. O tempo que a gente consegue reduzir para manter contato com as famílias pode, inclusive, refletir na gestão de leitos”.
Helaine informa que a família também terá no aplicativo espaço para inserir informações dentro da lógica de um prontuário afetivo. Funcionalidade esta que se destaca, principalmente, quando se refere aos/às pacientes que estão em unidades que não há acompanhantes, resgatando a dimensão do cuidado humanizado.
Segundo o Product Owner (P.O.) do projeto e especialista em sistemas e mídias digitais com foco na experiência do usuário, Deivith Oliveira, o projeto teve inspiração na iniciativa interdisciplinar do Serviço Social, em realizar videochamadas e ligações diárias aos familiares de pacientes. Outra inspiração é potencializar a humanização e acesso aos direitos sociais. Deivith Oliveira explica que é preciso entender quais benefícios as funcionalidades trazem para realizar melhorias no sistema. Entre os próximos passos está prevista a disponibilização da solução digital para um experimento controlado. As funcionalidades serão abertas a um grupo restrito de familiares de pacientes internados para entender o impacto que terá no dia a dia da equipe multi. “Acompanhar, estudar e aprimorar os benefícios a serem entregues com a solução tecnológica é nosso propósito nessa etapa”, afirma o P.O.
Outro passo importante para a implementação do projeto será liderada pela equipe do professor Fábio José, que é engenheiro da computação e especialista em interoperabilidade. O desafio é estabelecer uma comunicação do CoVive Social com outros sistemas digitais existentes no HGF, garantindo a proteção e confidencialidade dos dados.
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