Na terça-feira, 05 de outubro, os pesquisadores de Mestrado, Doutorado e Pós-doutorado em Saúde da Família e Saúde Digital realizaram mais um encontro para apresentação e revisão sistemática de projetos de pesquisa desenvolvidos pelo grupo. A enfermeira e pós-doutoranda, Roberlandia Lopes, orientada pelo professor Odorico Monteiro, apresentou sua tese “A saúde mental e as intervenções digitais no enfrentamento da COVID-19”.
A pesquisa objetiva identificar, avaliar sistematicamente e sumarizar as melhores evidências científicas disponíveis sobre saúde mental e as intervenções digitais no enfrentamento da COVID-19. “Nós já tínhamos um quadro muito sintomático antes da pandemia e com a chegada dela, do isolamento social e das demais restrições as situações se agravaram e, infelizmente, de forma silenciosa”, explicou Roberlandia.
Sobre a metodologia, a pós-doutoranda optou pelo método PiCo, que baseia a pesquisa na exploração da População; da Intervenção; da Comparação e do desfecho/Outcome. “Dentro dessa metodologia eu procurei focar na população geral e profissionais de saúde. Nos interesses, analisei qualquer tipo de intervenção em saúde mental com o uso de tecnologias digitais, independente da categoria profissional que realizou, e o contexto foi exclusivamente durante a pandemia”, detalhou a aluna.
O estudo foi fundamentado por meio de diversas perguntas, dentre elas, a norteadora: Quais as melhores evidências científicas disponíveis sobre as intervenções digitais na saúde mental frente à COVID-19?
Após uma análise sistemática e criteriosa envolvendo mais de mil artigos científicos, a pesquisadora concluiu que mHealth, ferramentas e práticas realizadas em dispositivos móveis, sem fio, para atendimento clínico, foi o que mais sustentou o atendimento de saúde mental no período da COVID-19. Além de constatar o aumento significativo de diagnósticos de Transtorno de Ansiedade.
O professor Odorico Monteiro fez alguns apontamentos acerca do projeto de pesquisa e finalizou o encontro comentando sobre a metodologia utilizada pela pós-doutoranda. “Além de parabenizar pela pesquisa gostaria de pontuar que o estudo está no caminho certo. A grande diferença entre uma revisão sistemática e uma revisão livre é você conseguir padronizar os resultados através do protocolo definido e trazer à luz que o conhecimento cientifico é o que há de mais interessante”, salientou Odorico.
Após a apresentação do projeto o grupo discutiu melhorias, correções e caminhos alternativos para a finalização da pesquisa.
Por: Liz Siqueira
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