Câmara de Inovação recebe palestra sobre os sete pilares do ecossistema de Inovação e Empreendedorismo

Fonte: Arquivo Pessoal

15 de outubro de 2021

A Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará recebeu nesta quinta-feira, 14 de outubro, uma palestra da consultora em Gestão de Investimentos e Negócios Inovadores, Robertta Mota, sobre os sete pilares do ecossistema de Inovação e Empreendedorismo.

O pesquisador da Fiocruz Ceará e coordenador da Câmara, Odorico Monteiro, abriu o encontro e falou sobre um dos principais objetivos da Câmara de Inovação. “Eu não poderia deixar de citar o meu orgulho de ter conhecido você logo no início do nosso processo de implantação do espírito de empreendedorismo no Ceará. Nós estamos cada vez mais abrindo os olhos dos pesquisadores para mostrar a importância da inovação e principalmente do empreendedorismo, como transformar pesquisa em produto. Toda a sua trajetória acadêmica e profissional mostra a paixão e sede de inovação que você tem dentro de si. É esse o nosso objetivo, espalhar essa sede para todos”, disse Odorico.

Robertta Mota iniciou comentando sobre a estruturação de uma empresa de base tecnológica, empresas criadas com a finalidade de desenvolver produtos, serviços ou processos produtivos com conteúdo tecnológico inovador, ou com aprimoramento significativo de tecnologia, extraídos de uma pesquisa científica ou aplicação de técnicas complexas. “No Brasil, o pesquisador encontra diversos entraves na criação de um produto inovador por conta das burocracias de patenteamento. Por isso, o refúgio está na abertura de um novo mercado, na descoberta de novas fontes de matéria-prima e na introdução de novos métodos organizacionais”, explica Mota.

Sobre os sete pilares do Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo, a especialista destacou que “a existência ou não destes sete componentes pode impactar na capacidade de crescimento sustentável da empresa nos próximos três a cinco anos”.

A Educação é o principal pilar de um ecossistema de inovação, o conhecimento precisa ser focado em STEM, uma sigla em inglês para Ciências, Tecnologia, Engenharias e Matemática, as quatro áreas do saber que são fundamentais para a inovação. Em seguida há o Mercado, a regulação de mercados domésticos importantes, mercados estrangeiros e analise do nível de burocracias que esse pilar enfrenta.

O terceiro pilar apontado é Instituições e políticas públicas. É importante a participação do governo no ambiente para possibilitar que a inovação seja abrangente a nível nacional, assim como angariar investimentos para a manutenção de todo o processo. O quarto pilar é o de Financiamento e Fundos que compreende instituições responsáveis pelo financiamento do empreendedorismo, tais como investidores anjos, fundos de capital de risco, capital semente e venture capital.

Cultura é o quinto pilar e compreende as características sociais, a atitude da sociedade em relação ao empreendedorismo, a presença de empreendedores experientes e bem-sucedidos e a existência de pessoas com tendências empreendedoras. O sexto pilar engloba a disponibilidade de Mão-de-Obra e incorpora os profissionais qualificados e a mão de obra geral, assim como fatores relacionados à educação técnica, acadêmica e voltada à atividade empreendedora no ecossistema.

O sétimo e último pilar envolve os sistemas de suporte e compreende instituições que não estão ligadas ao governo e fazem o papel de incentivadores do empreendedorismo com hubs, espaços voltados para a geração de negócios que reúnem startups, médias e grandes empresas e potenciais investidores, aceleradoras, incubadoras. Cada um desses pilares pode influenciar fatores determinantes para a criação de novos negócios, como as oportunidades, a capacidade de empreender, a propensão a empreender e a probabilidade de empreender gerados em um ecossistema empreendedor.

Robertta também mostrou alguns exemplos de passo a passo para desenvolvimento de Ecossistemas de Inovação espelhados nas cidades de Porto Alegre, Medellín, Barcelona e Santa Catarina. “Diferentes atores intervêm, desenvolvem projetos conjuntos, mas devem decidir em qual direção seguir. Mapeamento e compreensão das capacidades atuais, visão compartilhada de que tipo de cidade queremos desenvolver, a interpretação dos desafios e a governança que se encontra no poder são fatores decisivos para a prática e sucesso desse desenvolvimento”, finalizou Robertta.

Por: Liz Siqueira

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