Construção do Complexo Tecnológico Bio-Manguinhos deve começar este ano
28 de junho de 2021
A primeira unidade fabril de larga escala de medicamentos biológicos fora do eixo Rio de Janeiro – São Paulo será construída no Eusébio-Ceará. O Complexo Tecnológico em Insumos Estratégicos Eusébio (CTIE), passará a produzir o Ingrediente Farmacêutico Ativo (IFA)de imunobiológicos, principal insumo para a produção de vacinas e biofármacos. Localizado na sede da Fiocruz Ceará, as obras do CTIE, devem começar ainda este ano. Os investimentos no projeto estão estimados em R$ 950 milhões em 88 mil m² de área construída.
O arquiteto da empresa responsável pelo projeto, Elton Timbó, participou da reunião da Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará,realizada na quinta-feira, 24 de junho. O encontro teve como objetivo atualizar os integrantes da Câmara sobre o estado da arte do projeto da fábrica de medicamentos biológicos.
Na planta de Eusébio serão produzidos, inicialmente, os IFAs de diversos biofármacos, fruto de parcerias que Bio-Manguinhos tem em andamento. A produção acontecerá em diferentes plataformas, tais como E. Coli, CHO, SP2 e células vegetais, ampliando a gama de produtos a serem ofertados à população.
A planta arquitetônica da obra já está em fase de conclusão. Com 80% do projeto da planta já entregue e com previsão de conclusão em setembro de 2021, o CTIE Eusébio abrigará também instalações laboratoriais para desenvolvimento deprodutos baseados em cultura de célula, expressão transiente ou plantas trangênicas em escala de bancada.
Sobre a estrutura, o arquiteto falou acerca do design modular de Bio-Manguinhos e da versatilidade da biofábrica. “O layout da fábrica imita um lego, isso proporciona a alta flexibilidade de possíveis fluxos de processo para campanha de vários produtos, ou seja, aumento ou diminuição da capacidade produtiva e mutação de linhas de produção”, explicou Elton.
Para viabilizar a operação e implantação sustentável do novo Centro, Bio-Manguinhos também realiza conjunto de ações voltadas ao desenvolvimento local, como a interação com a comunidade para ações e projetos de responsabilidade socioambiental, o desenvolvimento da cadeia de fornecedores, programas de formação de profissionais e a identificação e o estabelecimento de parcerias para desenvolvimento de produtos. O Centro vai gerar cerca de 400 empregos diretos e o objetivo é que a maioria dos contratados sejam moradores do entorno do Campus.
O coordenador-geral da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor, afirmou que o projeto materializa a decisão estratégica de investir em novas tecnologias, contribuindo também para a política de desconcentração do desenvolvimento tecnológico e industrial nacional e o projeto de expansão da Fiocruz.
“O Complexo Tecnológico será um símbolo de autonomia e desenvolvimento do estado. É o Ceará entrando de vez no complexo produtivo da saúde e na rota da produção de insumos e biofármacos essenciais para a saúde no país”, disse o pesquisador da Fiocruz e coordenador da Câmara de Inovação, Odorico Monteiro.
Mais sobre o projeto
O projeto foi desenvolvido de acordo com as práticas relacionadas à sustentabilidade, conservação e proteção ambiental. Painéis de energia solar para iluminação interior, acessibilidade em todas as instalações e quase 100% reaproveitamento de água, resíduos orgânicos e luz natural são exemplos de ferramentas utilizadas.
Sua construção servirá como apoio e sustentação para a ampliação da entrega de vacinas para o Programa Nacional de Imunizações (PNI), e representa um marco na modernização tecnológica e autossuficiência no calendário essencial de imunização do Ministério da Saúde. Somente em 2020, Bio-Manguinhos forneceu mais de 100 milhões de doses de vacinas, entregou 5,2 milhões de frascos/seringas para biofármacos e 11,3 milhões de kits para diagnósticos.
Aliado ao CTIE Eusébio, o Complexo Industrial de Biotecnologia em Saúde (CIBS), construído no Distrito Industrial de Santa Cruz, no Rio de Janeiro, vai quadruplicar o processamento final de vacinas e biofármacos do Instituto Bio-Manguinhos, que já é considerado um dos maiores da América Latina.
Acesse o site do Instituto Bio-Manguinhos
Por: Liz Siqueira
Fonte: Arquivo Pessoal
Fonte: Arquivo Pessoal
Fonte: Arquivo Pessoal
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