O trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde à luz da Teoria Comunidades de Prática
28 de maio de 2021
Raquel de Castro Alves Nepomuceno Ivana Cristina de Holanda Cunha Barreto Amanda Cavalcante Frota Kelen Gomes Ribeiro Ana Ecilda Lima Ellery Francisco Antonio Loiola Luiz Odorico Monteiro de Andrade
Resumo: Analisou-se o trabalho dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS), à luz da teoria das Comunidades de Prática (CdP). Estudo qualitativo transversal, realizado em quatro municípios do Ceará. Realizaram-se seis grupos focais e seis entrevistas com 45 ACS, respeitando os aspectos éticos. O corpus de dados foi analisado pela técnica de análise de conteúdo. Os resultados apontaram que a participação dos ACS na ESF é marcada pela vivência na comunidade, sendo o foco principal o acompanhamento dos grupos prioritários. As práticas os colocam diante das diversas complexidades sociais e familiares, gerando reflexões e construções de novos significados para si e o processo de trabalho. As CdP dos ACS se engajam e compartilham desafios e aprendizados singulares do trabalho, caracterizado pelo contato e relacionamento íntimo com as famílias do território, que revelam necessidades pouco percebidas pelos demais profissionais da ESF. Quanto aos processos de reificação, evidenciou-se o significado de ser ACS como aquele que escuta e acolhe, além do que, percebe as necessidades das famílias invisíveis aos serviços. Os ACS exercem melhor o papel de articulador da ESF nos territórios, quanto maior forem os espaços de diálogo entre eles, os demais membros da equipe e a gestão.
Abstract: The work of Community Health Agents (CHA) was analyzed in the light of the theory of Communities of Practice (CoP). Cross-sectional qualitative study, carried out in four municipalities in Ceará. Six focus groups and six interviews were carried out with 45 CHAs, respecting ethical aspects. The data corpus was analyzed using the content analysis technique. The results showed that the participation of the CHA in the ESF is marked by their experience in the community, with the main focus being on monitoring priority groups. The practices place them in front of the various social and family complexities, generating reflections and constructions of new meanings for themselves and the work process. The CHA’s CoP engage and share unique challenges and lessons learned from the work, characterized by contact and intimate relationship with the families in the territory, which reveal needs that are little perceived by the other FHS professionals. As for the reification processes, the meaning of being an ACS as one who listens and welcomes was evident, in addition to what it means to perceive the needs of families that are invisible to the services. The CHA better play the role of articulating the ESF in the territories, the greater the spaces for dialogue between them, the other team members and the management.
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