Cannabis medicinal e o Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo foram discutidos na Câmara de Inovação

Fonte: Arquivo Pessoal

19 de maio de 2021

A Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará recebeu na quinta-feira, 13 de maio, os fundadores da empresa AMAAYA, Bruno Kato e Mário Carvalho para falar sobre Cannabis medicinal e o Ecossistema de Inovação e Empreendedorismo no ramo da AMAAYA.

Fundada em 2018, nos Estados Unidos, a AMAAYA é uma empresa especializada na produção de óleos essenciais vegetais, com foco no óleo de Canabidiol. Também conhecido por CBD, o insumo é um dos princípios ativos da Cannabis sativa, nome científico da maconha. Na medicina, o Canabidiol pode ser usado como anticonvulsivante, anti-inflamatório, ansiolítico e antitumoral.

Mário contou que decidiu investir no empreendimento quando foi curado de uma tendinite após o uso do óleo comercializado no exterior. “A grande missão da AMAAYA no Brasil é facilitar o acesso aos benefícios do CDB para a saúde dos brasileiros. Já no mundo, queremos promover a biodiversidade medicinal da floresta amazônica com tecnologia e produtos a base de cannabis”, disse.

“O uso do óleo muda, verdadeiramente, a vida de famílias. Temos casos de crianças que tinham vinte, trinta, quarenta crises de epilepsia por semana e agora, com o uso do CDB, juntamente ao acompanhamento médico, estão sem esse sofrimento há meses”, relatou Bruno Kato acrescentando os benefícios da Cannabis medicinal como anti-inflamatório para impedir a evolução da COVID-19.

Segundos os fundadores, na questão regulatória, o Brasil apresenta, além de uma disparidade da necessidade de certificação de fornecedores pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) em relação a outros mercados, uma dificuldade de obtenção de matéria-prima para produção e pesquisa. “Esses entraves favorecem o mercado clandestino e atrasam, consideravelmente, pesquisas que poderiam salvar vidas”, afirmou Mário Carvalho.

“Esse é um tema extremamente importante para a saúde pública. O fato do princípio ativo poder ser aplicado em diversos casos torna-o imprescindível. Dificultar a liberação da erva medicinal é caminhar na contra mão da história”, finalizou o coordenador da Câmara, Odorico Monteiro.

Fiocruz e a Cannabis medicinal

Atualmente, o estudo da planta medicinal está no plano de projetos de pesquisas da Fiocruz. A proposta prevê um conjunto de atividades, que vão desde análises de formas de cultivo da planta, metodologia para extração de substâncias ativas, testes clínicos e controle de qualidade até desenvolvimento do medicamento.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) aprovou autorização sanitária para um novo produto à base de Cannabis com a participação da Fiocruz, produzido pela empresa Prati, Donaduzzi e Cia. O preparado foi denominado Canabidiol Farmanguinhos 200 mg/mL.

O produto tem administração por via oral e é composto de 200 mg/ml de CBD e de até 0,2% de tetra-hidrocanabinol (THC), o principal componente psicoativo da planta, indicado para o controle de epilepsia em crianças e adolescentes. O pedido foi feito pela Fiocruz em março deste ano e a análise levou 35 dias no total. A autorização é apenas o primeiro passo nos planos de pesquisa da Fiocruz com a Cannabis medicinal, que tem interesse em ser uma fornecedora de Canabidiol para o Sistema Único de Sáude (SUS).

Acompanhe o Instagram da AMAAYA

https://www.instagram.com/cbd.amaaya/

Por Liz Siqueira

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