A implantação do projeto de Inovação em Saúde Viva@Ceará é uma realidade e posiciona o Ceará na rota do complexo produtivo da saúde, tornando-o inclusive um estado produtor de vacinas em um futuro breve.
A iniciativa do Governo do Estado, por meio do governador Camilo Santana e seu antecessor Cid Gomes, em viabilizar a Fundação Oswaldo Cruz como âncora do Distrito de Inovação em Saúde, reforçou a perspectiva empreendedora a partir da tecnologia em saúde.
Os Distritos de Inovação em Saúde são tratados como uma política de estado. A ação reúne os distritos Viva@Porangabussu, Viva@Eusebio e Viva@Quixeramobim/Quixadá em uma ampla parceria entre o Governo do Estado, prefeituras, Fiocruz, universidades e iniciativa privada.
A Fiocruz impulsiona esse desenvolvimento com o know-how do Instituto Biomanguinhos, que terá no Ceará a primeira fábrica de vacinas fora do Rio de Janeiro. Trata-se de um dos mais importantes produtores de imunobiológicos da América da Latina. O BioManguinhos conjuntamente com o Instituto Butantan garantem a autossuficiência do país em vacinas e mais uma vez está pronto para entrar em ação e produzir 210,4 milhões de vacinas contra a Covid-19.
O Viva@Eusébio já conta com a Unidade de Diagnósticos da Covid-19, que tem a capacidade de realizar até 16 mil exames por dia e terá a presença do Instituto Pasteur, revolucionário em doenças infecciosas, fortalecendo as plataformas biotecnológicas na área de terapia celular. Haverá ainda uma biofábrica para a produção da Wolbachia, bactéria que ajuda no combate às arboviroses.
O Viva@Porangabussu tem foco na tecnologia em saúde, cadeia de serviços e estudos científicos. A ação envolve os Hospitais Universitários, o Instituto do Câncer, a Universidade Federal do Ceará e a Prefeitura de Fortaleza. O propósito é transformar os bairros Amadeu Furtado, Benfica, Damas, Jardim América e Rodolfo Teófilo gerando oportunidades de desenvolvimento socioeconômico sustentável.
O Viva@Quixeramobim/Quixadá tem como âncora o Hospital Regional do Sertão Central somado à expertise em tecnologia da informação e inteligência artificial dos campi universitários de Quixadá, com mais de 50 cursos de graduação. O distrito abrigará indústrias de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), próteses e órteses e mobiliário hospitalar.
Os distritos são estratégias de renovação urbana com foco no complexo produtivo da saúde, fomentando um desenvolvimento sustentável. Por isso, uma das prioridades é evitar a gentrificação, ou seja, promover a inclusão social dos moradores da região para que participem dos projetos.
A implantação desse ecossistema científico, tecnológico e econômico configura um marco, impulsionando o desenvolvimento de insumos e tecnologias que a experiência da Pandemia mostra serem vitais para a soberania nacional. A economia do futuro passa pela saúde e o legado que está sendo construído será colhido por gerações.