Fiocruz Ceará instala Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo
18 de novembro de 2020
A Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) no Ceará instalou em 12 de novembro de 2020 a Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo. De acordo com o novo modelo de governança implantado pela Fundação, a criação do novo instrumento tem como objetivo articular iniciativas e processos visando a fortalecer o ecossistema de Inovação, Produção e Empreendedorismo da Fiocruz Ceará. O pesquisador Odorico Monteiro, líder do grupo de pesquisa Laboratório de Redes Inteligentes e Integradas em Saúde (LARIISA), é o coordenador da Câmara. A decisão foi referendada pelo colegiado gestor e anunciada pelo diretor da Fiocruz Ceará, Carlile Lavor.
Monteiro ressaltou o potencial da Câmara na esfera do empreendedorismo e a importância do intercâmbio de experiências entre os pesquisadores para que seja criada uma colaboração horizontal e um networking interno. “Nós precisamos alinhar nossos conhecimentos e áreas de pesquisa. Compartilhar experiências, buscar entendimento de todas os âmbitos que vamos abordar e procurar fazer esse network interno vai nos ajudar bastante futuramente”, acrescentou.
O coordenador Carlile Lavor abriu o encontro destacando a importância da Câmara na construção do Distrito de Inovação. Ressaltou os avanços da Fiocruz em 2020 e a possibilidade da construção da Biofábrica para a execução do Projeto Wolbachia, bactéria que quando presente nos mosquitos modificados em laboratório impede que os vírus da dengue, zika e chikungunya se desenvolvam dentro destes insetos.
O coordenador da Agenda 2030 da Fiocruz, Paulo Gadelha, afirmou que a Câmara fortalece a matriz da Fiocruz Ceará como impulsionadora da Ciência e Tecnologia no âmbito do Estado. Para Gadelha, projetos como a Câmara de Inovação estão no momento certo para serem impulsionados.
Ele lembrou o papel da Fundação no enfrentamento à Pandemia, com a construção e pleno funcionamento da Unidade de Apoio ao Diagnóstico da Covid-19. Citou também o novo Complexo de Industrial de Biotecnologia em Saúde, que corresponde a uma expansão do Complexo Tecnológico de Vacinas do Instituto de Tecnologia em Imunobiológicos (BioManguinhos/Fiocruz) empreendimento que deverá acelerar o estabelecimento do Polo de Tecnologia e Inovação em Saúde do Ceará.
A pesquisadora da Fiocruz e integrante do LARIISA, Ivana Barreto, apresentou a Plataforma Zelo Saúde e contextualizou o projeto de pesquisa e o conceito de inovação acerca da criação do aplicativo mobile. O Zelo teve início em março de 2019, e é voltado à gestão do cuidado em saúde da população idosa dependente, por meio do uso de ferramentas tecnológicas que apoiem profissionais de saúde, cuidadores e familiares.
A Plataforma Zelo Saúde funciona por meio de uma aplicação para smartphones Android e IOS, com duas interfaces (profissional de saúde e cuidador/familiar), sistematizando um conjunto de informações que permitem a comunicação e integração entre médicos e/ou enfermeiros assistentes e cuidadores/familiares de pessoas idosas dependentes, possibilitando a melhoria do cuidado.
O professor Odorico apresentou os demais estudos e ações em Saúde Digital desenvolvidos pelo grupo LARIISA. Apresentou o GISSA, plataforma desenvolvida pela startup Avicena, voltada à governança e tomada de decisão em Sistemas de Saúde. Também evidenciou o aplicativo Protege Saúde, desenvolvido em parceria com o Governo de Pernambuco para o monitoramento do contágio da Covid-19.
O assessor da Presidência da Fiocruz, Carlo Ferritini, falou sobre a desenvoltura da instituição ao realizar projetos e parabenizou os colaboradores pelos avanços dos últimos anos. Tratou sobre a criação de uma Associação que futuramente será reconhecida como Organização Social (OS) do Estado do Ceará, a qual fará a gestão do Distrito de Inovação e Tecnologia localizado no Eusébio.
O coordenador do Núcleo de Inovação Tecnológica (NIT), Marcos Aires, citou o processo de reconhecimento da Fiocruz como incubadora de empresas e a necessidade da Câmara de colher as necessidades do empreendedor para caminhar em direção ao sucesso. “Nós temos potencial e por isso precisamos fazer treinamentos de inovação e melhorar a Gestão de Tecnologia (GESTEC) para dar apoio aos pesquisadores”, finalizou.
O economista da Fiocruz Ceará, Luís Fernando, comentou sobre a criação de um fórum que colete informações e receba sugestões de modificações nos editais apresentados pelas empresas que financiam os projetos dos pesquisadores. Fernando ressalta que em alguns casos os editais poderiam ser adequados à realidade das pesquisas, mas surgem entraves de fácil resolução e negociação. “O Ceará é destaque em inovação em comparação aos demais estados, por isso acredito que não deveríamos deixar passar em branco essas negociações que poderiam facilmente ser solucionadas com o aperfeiçoamento dos editais”, disse.
O empreendedor e pesquisador da Fiocruz, Galba Moita, falou sobre sua trajetória com startups, que se caracteriza como empresa jovem com um modelo de negócios e soluções a serem desenvolvidas. Também comentou sobre os futuros projetos que envolvem a Saúde Digital e Empreendedorismo.
A coordenadora geral da Unidade de Apoio ao Diagnóstico de Covid-19 do Ceará (UNADIG-CE), Fernanda Montenegro, citou a construção da central de testagem e ressaltou a importância de decidir os próximos passos do equipamento após a diminuição da necessidade de testes e a possível permanência dos profissionais de excelência contratados para o período de Pandemia. “Estamos aqui com o propósito de colaborar com o que for preciso, a equipe possui uma sinergia sem igual capaz de agregar bastante nas pesquisas futuras da Fiocruz Ceará”, encerrou.
Para o planejamento das ações da Câmara de Inovação, Produção e Empreendedorismo, o grupo realizará reuniões semanais.
Fonte: Arquivo Pessoal
Fonte: Arquivo Pessoal
Fonte: Arquivo Pessoal
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